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Documentários ajudam a construir um novo olhar sobre questões ambientais

Documentários ajudam a construir um novo olhar sobre questões ambientais
Documentários ajudam a construir um novo olhar sobre questões ambientais / Crédito: EcoDesenvolvimento

Entender para proteger. Se você quer mudar hábitos e promover a mudança que o mundo precisa para conservar o meio ambiente, o primeiro passo é compreender o que acontece à sua volta. Por isso, selecionamos alguns documentários que mostram, por exemplo, as relações entre humanos, natureza e tecnologia; lixo; história de ativistas ambientais que morreram defendendo a natureza; a importância de construções sustentáveis e alternativas ecológicas para o dia a dia; e os efeitos da indústria agropecuária e das mudanças climáticas no planeta. Prepare-se para mudar de vida!

Virunga (2014)

Dirigido por Orlando von Einsiedel e produzido por Leonardo Di Caprio, o documentário mostra de forma emocionante a coragem e esforço de homens comprometidos com a conservação ambiental. Eles são um pequeno grupo de guardas florestais que protegem Virunga, o mais antigo parque nacional da África, na República Democrática do Congo. As florestas do parque abrigam os últimos 800 gorilas da montanha do planeta, grandes jazidas minerais e uma enorme biodiversidade. Dispostos a sacrificar a vida por Virunga, os guardas enfrentam constantes investidas de paramilitares, caçadores e mineradoras.

O Sal da Terra (2014)

Dirigido pelo alemão Wim Wenders e pelo brasileiro Juliano Salgado, o documentário retrata a trajetória do renomado fotojornalista Sebastião Salgado. A obra conta um pouco da história do homem e seu impacto sobre o planeta, a faceta exploratória de recursos naturais, a relação de diversas civilizações com a natureza e a guerra, além da magnitude da natureza. As imagens da série Gênesis são o resultado de uma expedição épica redescobrindo montanhas, desertos e oceanos, animais e povos que se mantêm aparentemente intocados da marca da sociedade moderna. Além disso, o documentário conta a história do Instituto Terra, de Salgado e sua esposa, que surgiu com o objetivo de recuperar a Mata Atlântica original na antiga fazenda de gado de sua família. O sonho e o projeto expostos no documentário expressam o pensamento de que a destruição da natureza pode ser revertida.

Mission Blue (2014)

Este documentário se assemelha a O Sal da Terra, por também contar a biografia de uma grande personalidade tendo também o objetivo muito maior: a conscientização ambiental. A obra é uma biografia da renomada bióloga marinha Sylvia Earle e, ao mesmo, tempo faz importantes denúncias sobre a condição dos oceanos. Os avanços dos impactos das ações humanas nos mares e a importância destes para o equilíbrio do planeta são os focos do filme, dirigido por Robert Nixon e Fisher Stevens.

Cowspiracy (2014)

A produção nasceu após o cineasta Kip Andersen se deparar com dados oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) de que a agricultura animal tem emissões de gases superior a todo o setor de transportes (carros, caminhões, trens, navios e aviões). Andersen também ficou intrigado com o fato de grandes ONGs ambientalistas ignorarem a causa número um da destruição do planeta. Se você se preocupa com emissões de gases, desmatamento e consumo de água, deve se preparar para os dados alarmantes da degradação ambiental decorrente da indústria agropecuária denunciados por este documentário.

Blackfish (2013)

O documentário americano, dirigido por Gabriela Cowperthwaite, abalou a indústria dos parques de entretenimento ao levantar acusações contra o SeaWorld, organização que opera vários parques aquáticos nos Estados Unidos. O filme conta a trajetória da orca Tilikum, mantida em cativeiro por anos e treinada para o show Shamu, em que ela fazia vários tipos de acrobacias e encenações para divertir a plateia – prática comum no SeaWorld. A produção tem entrevistas com antigos funcionários dos parques que denunciam maus tratos, como tanques pequenos demais para o porte dos animais, alimentação restrita para deixar os bichos mais “ativos” nas apresentações e diminuição de expectativa de vida por estresse.

Chasing Ice (2012)

Muito se fala sobre o aquecimento global, mas poucas pessoas realmente têm noção dos efeitos que já atingem nosso planeta. Se você é uma dessas pessoas que não se convence pelas tabelas, gráficos e números disponíveis sobre o assunto, assista ao documentário Chasing Ice, dirigido por Jeff Orlowski. O filme mostra a expedição do fotógrafo James Balog ao Ártico. Balog recebeu o desafio da publicação National Geographic de retratar os efeitos da mudança climática no planeta. Para isso, ele desenvolveu o projeto “Extreme Ice Survey” (Pesquisa Radical no Gelo): posicionou câmeras resistentes em locais perigosos para produzir imagens do derretimento durante alguns anos. Com o efeito de time-lapse é possível observar as mudanças drásticas nas geleiras.

Trashed – Para Onde Vai Nosso Lixo (2012)

Dirigido por Candida Brady e com o ator Jeremy Irons no elenco, o filme aborda não apenas a questão do lixo em si, mas também o destino dos resíduos. A produção é dividida em três partes: avaliação, solução (errada) e a tomada de uma decisão mais correta. Percorrendo todo hemisfério norte, Irons mostra como diversos governos tratam a questão do lixo, além expor curiosidades e algum conteúdo aprofundado sobre ecologia.

In Transition 2.0 (2012)

A obra retrata o movimento Transition, que propõe respostas em pequena escala de comunidades nas áreas de alimentação, transporte, energia, educação, lixo, artes etc. A produção mostra histórias de pessoas comuns que têm feito coisas extraordinárias no mundo todo. Exemplos são comunidades que imprimem o próprio dinheiro, cultivam suas comidas, transformando suas economias em locais, e criando centrais elétricas para a comunidade.

2012 – Time for Change (2010)

A produção, dirigida por João Amorim, acompanha o jornalista americano Daniel Pinchbeck, autor do bestseller “2012: The Return of Quetzalcoatl”. O filme expõe as questões ambientais por um paradigma que mescla a sabedoria tradicional de culturas tribais e o método científico, com entrevistas de personalidades como Sting, David Lynch, Paul Stamets, Gilberto Gil, entre outros. O documentário passa a mensagem de que um dos principais empecilhos para a mudança da situação de degradação da natureza é a consciência individual. Para evitar uma catástrofe mundial, todas as pessoas devem estar dispostas a fazer grandes mudanças em seus hábitos diários e abrir mão de certos confortos, em nome de um bem maior. O documentário discute experiências de meditação, a importância de construções sustentáveis, o movimento de contracultura e alternativas ecológicas para o dia a dia.

Home (2009)

Dirigido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista Yann Arthus-Bertrand, o filme conta com imagens aéreas monumentais de diversos lugares da terra. Uma frase marcante do filme, que reflete sua intenção é: “O nosso ecossistema não tem fronteiras. Onde quer que estejamos, as nossas ações terão repercussões”. A narração insere questões ambientais que dialogam com as paisagens: a evolução histórica dos seres humanos, a industrialização, a agricultura, a descoberta do petróleo, as extrações de minerais, os hábitos de consumo criados e principalmente os impactos que estamos vivendo e viveremos em decorrência disso.

Mataram Irmã Dorothy (2007)

O documentário, dirigido por Daniel Junge, mostra o desafio que é ser ativista da causa ambiental na Amazônia. Para isso, a morte da missionária norte-americana Dorothy Mae Stang e as questões que envolvem o julgamento do crime são contadas. Ela vivia no Pará para ajudar a colocar em prática o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) e lutou contra o desmatamento da Amazônia. Uma questão que fica clara no documentário é a indiferença à realidade diária da região amazônica: a luta sangrenta pela terra enquanto a floresta nativa é destruída para dar origem a pasto para gado.

Koyaanisqatsi (1982)

Na língua hopi, Koyaanisqatsi significa “vida maluca, vida em turbilhão, vida fora de equilíbrio, vida se desintegrando, um estado de vida que pede outra maneira de se viver”. A obra, dirigida por Godfrey Reggio e orquestrada por Philip Gass, expõe a relação da humanidade com a natureza de modo crítico e questionador. Por meio de linguagem poética, o filme constrói um diálogo sobre o impacto do ser humano no meio ambiente com imagens em câmera lenta e em time-lapse, sem uso de diálogo ou narração. Koyaanisqatsi é o primeiro filme da trilogia Qatsi, toda dedicada aos diferentes aspectos das relações entre humanos, natureza e tecnologia.