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Espécie da vez

Mico-estrela

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Mico-estrela
Crédito: Marina Zaluar

A mancha branca no alto da testa não deixa dúvidas: é o mico-estrela (Callithrix penicillata). Apesar de pequeno – eles atingem até 30 centímetros de comprimento -, este pequeno primata tem garras eficientes, o que garante movimentos rápidos e habilidosos ao pular de galho em galho e escalar troncos das árvores. Sua cauda de 35 cm auxilia no equilíbrio.

A espécie é endêmica do Brasil e está presente nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, São Paulo e no Distrito Federal como residente e nativo, e nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina como residente e introduzido. Ele faz parte do grupo dos “saguis do leste brasileiro”, que são as espécies de calitriquídeos típicos da Mata Atlântica, mas que também ocorrem frequentemente no Cerrado e Caatinga.

O mico-estrela vive em grupos compostos de sete a 15 indivíduos, ocupando amplas áreas. Como outros primatas, a estrutura social é baseada na hierarquia, na qual algumas fêmeas dominantes podem procriar e as demais são inibidas fisiologicamente e não se reproduzem.

Geralmente, após uma gestação de 150 dias nascem dois filhotes, que recebem cuidados de todo o grupo, principalmente do pai e irmãos mais velhos. Até completar dois meses eles são carregados nas costas durante os deslocamentos. Mamam até os seis meses e em 18 meses já estão aptos para a reprodução.

Eles também são conhecidos como sagui-de-tufos-pretos ou somente sagui, sagui-do-nordeste, sagui-do-cerrado, sauim, xauim, sauí, soim, massau e tamari, dependendo da região do país.

Ouça a voz do mico-estrela.

Alimentação

O animal se alimenta de ovos, frutas, flores, folhas, insetos e pequenos animais. Seus dentes inferiores são alongados e estreitos, perfeitos para perfurarem troncos de árvores que produzem goma, parte fundamental de sua dieta.

Ameaças

Incêndios, agricultura, pecuária, desmatamento, aumento da matriz rodoviária, fragmentação, desconexão de habitat e caça são os principais fatores que ameaçam a espécie, em risco de extinção.