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Espécie da vez

Jacaré-do-papo-amarelo

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Jacaré-do-papo-amarelo
Jacaré-do-papo-amarelo vive em brejos

Contemporâneo dos dinossauros que habitaram a Terra há milhões de anos, o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) se adaptou às grandes transformações do planeta. Atualmente, a espécie luta contra a destruição de seu habitat e a caça predatória.

O jacaré pode ser encontrado na região leste do Brasil – do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul -, Uruguai, norte e nordeste da Argentina, Paraguai e leste da Bolívia. Ele vive em brejos, mangues, lagoas, riachos e rios.

É um animal esverdeado, quase pardacento, com o ventre amarelado e o focinho pouco largo e achatado. A parte amarela fica ainda mais forte na época do acasalamento. Seu focinho é menor do que o das outras espécies e, atrás da cabeça, ele ainda tem escamas em fileiras cervicais.

Os filhotes possuem uma cor amarronzada com listras nas costas e a cabeça tem pontos escuros. Na fase adulta, passam a ter uma cor mais para o verde-oliva. Depois, quando velhos, ficam quase totalmente negros.

Em média, o animal mede entre 1,5 e 2,5 metros, podendo atingir até três metros. Sua alimentação é baseada principalmente em peixes, anfíbios, pássaros e pequenos mamíferos. Os filhotes alimentam-se de insetos e invertebrados.

Tem vida quase que exclusivamente aquática. Sai para caçar principalmente à noite e, durante parte do dia, forma grupos para tomar sol.

Ao contrário do que muitos pensam, sua presença representa uma contribuição eficaz para o aumento da população de peixes nos corpos d’água, já que suas fezes servem de adubo para o desenvolvimento de fitoplancton, alimento preferido de diversas espécies.

Reprodução

No verão, o macho copula com várias fêmeas. Ela constroi o ninho próximo à água e cobre com folhas secas, gravetos e terra. Em média, são postos de 30 a 50 ovos. A incubação varia de 70 a 90 dias.

A fêmea permanece perto do ninho para evitar ataques de predadores, como o lagarto teiú, quati e o mão-pelada. Quando os ovos estão para eclodir, os filhotes vocalizam chamando a mãe, que desmancha o ninho usando os membros anteriores e posteriores e o focinho. A fêmea carrega cada um na boca até a água, cuidadosamente.

O macho cuida dos recém-nascidos que já estão na água e os pais permanecem perto dos filhotes, protegendo-os contra predadores, em especial garças e outras aves grandes.